O Tempo Alvinegro

Por Lucas Compan, louco por futebol e pelo Botafogo


⭐️ Como explicar o Botafogo de Futebol e Regatas ter ENORME volume de jogo, na partida contra o Santos Futebol Clube e, no final, sair de campo com placar adverso?

Não, não estou falando da famosa crença que “há coisas que só acontecem com o Botafogo.” Não se trata disso. Bem, não dessa vez. Acredito que dois fatores influenciaram no resultado hoje: (1) Falhas individuais dos defensores (novamente); e (2) O processo amadurecendo.

🎥 O belo vídeo abaixo reflete o sistema criativo mais perfeito que existe. Ele é meticuloso e detalhista, faz um trabalho silencioso, quase imperceptível — e tem o tempo certo para acontecer. Tudo está constantemente mudando e evoluindo, mesmo que não pareça.



Tomando essa comparação como medida, me parece que o inverno alvinegro está chegando ao fim. Até algumas partidas atrás, os goleiros dos adversários nem suavam em campo. Nos últimos três jogos, o Botafogo já finalizou 62 vezes, sendo 23 delas no gol. Okay, nenhuma bola foi parar no fundo das redes. Mas na partida de hoje, o alvinegro teve 75% de posse de bola no segundo tempo. Apesar de Santos e Fluminense serem equipes bem diferentes, foi um progresso monumental daquela partida contra o tricolor das Laranjeiras, onde o Botafogo nem viu a cor da bola. Ou seja, um processo em evolução.

A criação no meio de campo, até três partidas atrás, era praticamente inexistente. As bolas não chegavam ou chegavam quadradas ao ataque. Agora o volume criativo e a alimentação ao ataque apareceram e, melhor, estão se estabilizando. Mas a fase dos atacantes — falta de técnica de um e preparo do outro — não vem permitindo que seus pés iluminados, coloquem as bolas aonde elas deveriam parar: no fundo das redes.

Na partida de hoje, ainda existiu outro obstáculo: o paredão João Paulo debaixo da baliza do Santos. E quando ele foi vencido, as traves o salvaram.

“Ah, mas a gente não aguenta mais tantas derrotas nos últimos jogos,” certamente está esbravejando parte da torcida. É assim mesmo: no auge do inverno, falamos que o frio está insuportável. Mas enquanto a estação não acabar, o frio não se vai. O mesmo vale para o calor de matar no verão.

Não tem jeito: não há mal que nunca se acabe, nem bem que dure para sempre. Os frutos virão quando chegado o tempo. Isso é tão certo quanto as quatro estações do ano. Quando o processo se consolidar, não viveremos mais nem de derrotas em sequência e, muito menos, de vitórias esporádicas.

O Botafogo irá se tornar um time difícil de ser batido e uma máquina de fazer gols. Mudanças aconteceram e irão acontecer. Sai uma peça, entra outra, move essa pra cá e a outra pra lá. E assim a engrenagem vai sendo azeitada.

O Glorioso hoje é muito mais que um time. O Botafogo é um ecossistema.

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