Por Lucas Compan, publicitário, louco por futebol e pelo Botafogo

⭐️ Dois tempos dominando as ações e jogando muito bem. Dois guerreiros no meio campo: Lucas Fernandes e Eduardo. Dois atacantes inspirados pelos embalos de sábado à noite. Dois golaços. Final: Botafogo de Futebol e Regatas 2 x 0 Club Athletico Paranaense.

El Toro Erison voltou a acertar o pé esquerdo goleador. Coitada da coruja do Nilton Santos. Fiquei sabendo que teve uma semana cansativa e de muito trabalho. Neste sábado, resolveu dar uma relaxada em seu habitat de costume. Mas Erison acertou em cheio a pobrezinha e até algumas penas voaram do ângulo direito do goleiro Bento, que nada pode fazer. Primeiro golaço. 1 x 0.

Depois foi a vez do garoto Jeffinho. O camisa 47 parece ser a ressureição da magia, da molecagem sadia e do futebol da ousadia. Alguns já ensaiam dizer que o Menino Molequinho é a reencarnação de Garrincha—ele provoca alegria no estádio. Ele vai pra cima. Ele passa pelos marcadores como um sabonete que escorrega das nossas mãos durante o banho: não tem como pegar. Todos tentam, poucos conseguem. Colocou a bola no fundo das redes com pura habilidade e coragem. Segundo golaco: 2 x 0. E o mesmo rosto sério que costuma ter ao longo das partidas, abre um sorriso branquinho, contagiante. Que continue em evolução constante.

Vitória merecida, com estabilidade. Luis Castro parece estar encontrando os melhores ingredientes para construir o setor de criação. Já há três jogos, ele vem funcionando a todo vapor. Na partida de hoje, tanto a defesa como o ataque também evoluíram.

Fernando Marçal é a calma em forma de lateral-esquerdo: interceptou bolas, parou contra-ataques, desarmou jogadas e travou chutes. Esbanjou tranquilidade e categoria.

Lucas Fernandes parece ter três pulmões. Ele não para de correr, combater, organizar e alimentar o ataque. É uma máquina criativa que produz lances de perigo constante. Acertou a trave de novo, assim como no jogo anterior. Daqui a pouco, vai guardar o golaço dele.

Eduardo trata a bola com intimidade. Meio campo foi dominado por ele e Lucas Fernandes. Dá um toque de classe e estabilidade nas ações criativas.

E o Tchê-Tchê vem reencontrando o futebol que o fez se destacar. Aquela história: quem sabe andar de bicicleta, não esquece jamais.

E no meio da zaga, outro garoto da base: Lucas Mezenga. Muito seguro.

Novos atletas chegaram. Alguns outros já voltaram do departamento médico. Novas contratações estão por vir.

Tudo bem que o projeto é de longo prazo. Sabemos que nós, como co-proprietários do Glorioso, devemos ver o processo como um todo—sempre mantendo a visão no futuro. Mas nada como ter de volta o sorriso das vitórias.

As derrotas doem, deixam marcas. Mas formam guerreiros e moldam espíritos mais fortes. Já as vitórias elevam a moral e a motivação. São necessárias. Trazem o respiro da renovação de ânimos 🔥

📸 @foto_vitorsilva IG | André Fabiano/Código 19/Gazeta Press